A Alemanha não repetiu sua tradicional Blitzkrieg inicial, um pouco pelo nervossismo da partida, muito porque o adversário da vez era a Argentina. Os Alemães repetiram a mesma escalação, já os argentinos entraram com Coloccini na zaga e Tevez no ataque, a entrada de Carlito empurrou Maxi Rodriguez para a ponta direita, e não se viu mais a jogada forte de Riquelme e Sorin pela esquerda, apesar de Tevez aumentar o poderio de fogo do ataque. Lahm e Schneider estiveram tímidos, Ballack comandou o meio campo, atacando e defendendo com maestria.
O jogo começou tenso, com pequenas confusões a cada falta. Freado os ânimos iniciais, a Argentina se mostrou melhor, adiantando a marcação e tocando bola no ataque, mas não conseguiu tirar vantagem disso.
A vantagem só veio no início do segundo tempo, Riquelme bateu o escanteio e Ayala se projetou a frente do marcador a cabeceou pro gol, a bola ainda passou por Lahm que estava em cima da linha. Klinsmann com sabedoria tirou o apagado Schneider e pôs o elétrico Odonkor. Klinsmann o colocou em cima de Sorin, impedindo assim os avanços do argentino. Borowski tambem entrou bem, no lugar de Schweinsteiger. Aos 26 Abbondanzieri machucou-se e teve de ser substituído por Franco, queimando uma substituiçao de Pekerman.
Faltando 15 minutos, Pekerman acertadamente tratou de segurar sua vantagem. Tirou Riquelme, que nada havia feito, e colocou Cambiasso. Lucho Gonzalez e Maxi Rodriguez ficariam encarregados da criação. Aos 34 Pekerman cometeu seu único erro, ao substituir um centroavante por outro (Julio Cruz por Crespo), queimando todas suas substituições. Aos 35, na insistência veio o gol da Alemanha, depois do cruzamento da esquerda, Borowski desviou no primeiro pau e Klose cabeceou pro fundo das redes. O Jogo foi pra prorrogação.
A prorrogação foi de poucas chances, que surgiam mais em erros de adversários, e o jogo foi para os pênaltis. Talvez aí a torcida tenha sido fundamental. Até o "simpático" Kahn incentivou Lehmann, que recebeu da comissão técnica um papel contendo o canto em que os argentinos cobrança. E deu resultado, Ayala, o melhor em campo, bateu mal e perdeu, Cambiasso também errou, os alemães acertaram todos e estão nas semifinais.
A briga no final do jogo é conseqüência tão somente do jogo, e ser nervosismo, e de alguma provocação feita entre os jogadores, não tem nada a ver com análises sociológicas que alguns fazem, dizendo que “os argentinos não sabem perder”, os “argentinos perderam a esportiva”, isso é besteira. Foi uma briga de jogo e tem ficar restrita a aquele momento.
ALEMANHA: Lehmann, Friedrich, Mertesacker, Metzelder, Lahm; Schweinsteiger (Borowski, 74min) , Frings, Ballack, Schneider (Odonkor, 62min); Klose (Neuville, 86min) e Podolski - Técnico: Jurgen Klinsmann.
ARGENTINA: Abbondanzieri (Leo Franco, 71min), Sorin, Ayala, Coloccini, Heinze, Maxi Rodríguez, Lucho Gonzalez, Riquelme (Cambiasso, 72min), Mascherano, Crespo (Julio Cruz, 79min), Tevez - Técnico: José Pekerman.
Data: 30/06/2006
Local: Olympiastadion (Berlim)
Árbitro: Lubos Michel (ESL)
Gols: Ayala (49min), Klose (80min)
Cartões amarelos: Podolski, Odonkor e Friedrich (Alemanha); Sorín, Mascherano, Maxi Rodriguez e Julio Cruz (Argentina)
Pênaltis: Alemanha - Neuville, Ballack, Podolski e Borowski; Argentina - Julio Cruz, Ayala (defendeu), Maxi Rodríguez e Cambiasso (defendeu).
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