Um baita jogo, do jeito que eu gosto. Tem gente que não gosta, mas aposto que estas mesmas pessoas foram incapazes de sair da frente da televisão por um segundo sequer. Felipão disse que era um jogo de libertadores, e em muitos aspectos lembrou sim.
As duas equipes jogam no 4-3-3, mas a Holanda só utiliza o lado esquerdo, com Robben e Van Bronckhorst. Já Portugal sai pelo dois lados, tanto com o lateral direito Miguel como com o esquerdo Nuno Valente. E ataca pela duas pontas com Figo e Cristiano Ronaldo. Para este jogo, Felipão inverteu o posicionamento dos dois, passando Figo para a direita e Ronaldo para esquerda. Ainda na comparação entre os dois times os portugueses levam vantagem no meio campo, que tem Deco como um excelente organizador. Na Holanda, Cocu bem que tenta organizar, mas ainda é mais um defensor.
Enquanto teve futebol Portugal esteve melhor, se valendo das vantagens que listei acima. O Gol foi uma bela jogada, bola vinda da ponta. Pauleta, como pivô segura a bola e rola para Maniche, que teve tranquilidade suficente para cortar o zagueiro antes de bater pro gol.
Pra mim, o fato que determinou a guerra em campo foi a saída de Cristiano Ronaldo, que aos 4 minutos levou uma entrada violenta de Boulahrouz, que o atingiu nas coxas com as travas da chuteira. O Juiz Ivanov só o sancionou com um amarelo. Ficou por isso mesmo até o lusos verem seu colega ter de sair do campo pelo lesão, aí sim se criou a sensação de injustiça. O clima ficou tenso, mas o jogo não foi violento, o que atrapalhou foi a arbitragem que distribui cartões amarelos adoidado.
Para os que insistem na velha tese de que Portugal bateu, que foi violento, aqui vai um dado interessante: Portugal fez apenas 10 faltas, mas recebeu 9 cartões amarelos (contados aí os que 2 de Deco e Costinha). Já a Holanda fez 15 faltas, recebendo apenas 7 amarelos.
Não tem como não torcer pelo Felipão. Talvez seja pelo fato de que ao assistir Portugal jogar faça com que nos gremistas imediatamente recordemos do Grêmio. Estão ali presente a garra, a catimba, o estilo copero.
PORTUGAL:Ricardo, Miguel, Ricardo Carvalho, Fernando Meira e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Deco e Figo (Tiago, 83min); Cristiano Ronaldo (Simão Sabrosa, 33min) e Pauleta (Petit, 45min) - Técnico: Luiz Felipe Scolari.
HOLANDA:Van der Sar, Boulahrouz, Mathijsen (Van de Vaart, 56min), Ooijer e Van Bronckhorst; Cocu (Vennegoor of Hesselink, 83min), Van Bommel (Heitinga, 66min) e Sneijder; Robben, Van Persie e Kuyt - Técnico: Marco Van Basten.
Data: 25/junho/2006
Estádio: Frankenstadion (Nuremberg)
Público: 41.000 pessoas
Árbitro: Valentin Ivanov (RUS)
Gols: Maniche (22min)
Cartões amarelos: Maniche, Petit, Figo, Deco, Ricardo, Nuno Valente e Costinha (POR); Van Bommel, Van Bronckhorst, Sneijder, Van der Vaart e Boulahrouz (HOL)
Cartão vermelho: Costinha e Deco (POR); Boulahrouz e Van Bronckhorst (HOL)
Cartão vermelho: Costinha e Deco (POR); Boulahrouz e Van Bronckhorst (HOL)
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